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Blog do

Leandro 

Política, Educação, Ciência e Cultura 

Prédio administrativo da usina de asfalto custou R$ 122 mil aos cofres públicos

Enquanto os casos de Covid-19 aumentam em Camaquã a prioridade do prefeito deveria ser outra: investir em saúde e cuidados com a população

Foto: Prédio administrativo da usina de asfalto / Divulgação Facebook

A conjuntura política e econômica não permite a um gestor fazer tudo o que deseja, pelo contrário, obriga a escolher áreas prioritárias. “Prioridade”, mais do que nunca, deveria ser a palavra de ordem. No entanto, o que vemos são duas prioridades distintas: a do governo e a da comunidade.

Em dezembro de 2017 os vereadores aprovaram o projeto de financiamento da usina de asfalto, promessa de campanha do prefeito Ivo de Lima Ferreira. No ano de 2018 e 2019 o processo de instalação da usina andou em ritmo lento.

Em 2020, ano eleitoral, consumindo expressivos montantes de recursos públicos, a usina começa a ganhar corpo. Lives, matérias e vídeos promocionais são comuns nas redes sociais do governo, sendo claramente mais um produto eleitoreiro, assim como muitos outros que os camaquenses viram em ano eleitoral.

Totalizando o gasto de R$ 239 mil

Recentemente o Executivo realizou a licitação da construção de um prédio administrativo para a usina no valor de R$ 122 mil, além de bacias de contenção para a usina que representaram aos cofres públicos R$ 117 mil, totalizando o gasto de R$ 239 mil. Pessoas ligadas à área afirmam que mais de 1,5 mil caçambas de aterro foram colocadas no terreno da usina. No entanto, moradores da cidade e interior convivem com as péssimas condições das estradas e ruas da nossa cidade. Sendo que alguns problemas seriam resolvidos com poucas cargas de aterro/cascalho.

Com asfalto ou sem asfalto, o que temos de certeza até agora, é que os próximos prefeitos terão que administrar o munícipio com uma dívida de mais de R$ 12 milhões, apenas da usina de asfalto, para pagar.

Com o atual cenário, de crise econômica que se agrava em meio a uma pandemia que já ceifou mais de 15 mil vidas no Brasil e somada a ineficiência do governo federal em dar alguma resposta positiva, o clima é de apreensão e insegurança com o presente e o futuro das nossas vidas.


Como camaquense, vejo com aflição essa discrepância das prioridades do governo municipal e o que é realmente importante no momento: a vida dos camaquenses. Por isso ao menos dois questionamentos devem ser feitos:

Por que só agora na véspera das eleições municipais, as obras da usina estão em ritmo acelerado?

O primeiro é o porquê só agora na véspera das eleições municipais, as obras da usina estão em ritmo acelerado? O que contrasta com o pouco realizado nos anos anteriores.

O município não disporia de uma sala para abrigar momentaneamente a parte administrativa da usina?

O outro é sobre a necessidade neste momento da construção de um prédio administrativo para a usina e me leva ao segundo questionamento: o município não disporia de uma sala para abrigar momentaneamente a parte administrativa da usina?

Que nas próximas eleições possamos escolher o projeto que seja praticável, esteja em consonância com as necessidades das comunidades, que valorize as construções coletivas e que não coloque as vaidades políticas-partidárias antes das necessidades reais das pessoas.

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